Quando
o assunto o qual se trata, é o de se falar de si mesmo, tal assunto se torna um
pouco complicado, porque ninguém se acha errado, ninguém se acha o mau, ninguém
se acha presunçoso, ninguém se acha desqualificado, ninguém se acha ser o pior
ou qualquer coisa que não seja reconhecido por si próprio, como o melhor ou o
mais perfeito dentre tantos, mas quando alguém vai ao contrario de tudo isso,
criticando ou questionando certas palavras, no caso de se tornar contra é claro,
a própria pessoa que se acha ser a top, e esta se sente ofendida, pronto, à
guerra esta armada, pois, ninguém que não tenha reconhecimento de humildade ira
aceitar afrontas contra si.
Existem
três fases importantes na vida humana referente ao “EU”, três aspectos que
diferenciam a pessoa dela mesmo; fazendo-a agir de maneiras diferentes, muitas
vezes irreconhecíveis em razão do seu aspecto natural...
A
primeira é o “MEU EU”, a fase onde a pessoa se acha, onde a pessoa se admira,
ou admira o que faz, traduzindo se gaba de certas coisas que deram um bom
resultado em sua vida, e através da sua vida como também na vida de outros,
isto pode ser representado por um simples ato de brincadeira como também em um
ar sarcástico, com um fundo de falsidade, e como também se achando ser o melhor
diante dos outros, isto pode ser representado pelas palavras isoladas do eu
posso, eu faço, eu consigo, eu sou o melhor, fui eu, se não fosse eu, se não
era eu, ainda bem que eu, ou melhor, o eu sempre estará ligado da expressão do
“MEU”, onde a expressão é a mesma do porque é MEU ou porque EU uso a expressão
sempre voltada para o “MEU EU”, esta expressão onde o centro sou “EU”, ou onde
o “EU” tende a aparecer com certa freqüência, e em meio às palavras o “MEU EU”
é o melhor “EU” dentre todos, não estou falando algo sobre se desvalorizar
pessoalmente, e sim de se dar um alto valor desnecessariamente, onde o “EU”
possa estar sendo o centro de todas as coisas, principalmente das demais
pessoas ao “MEU” redor, porque o “MEU EU” segundo a minha concepção precisa
aparecer, precisa estar acima e se impor, todos precisam ver que o “Eu” esta em
evidência, principalmente quando “EU” faço algo com a mão direita e a esquerda
precisa ficar sabendo, ou senão “EU” faço questão de anunciar aos quatro cantos
da terra, para que todos possam ver que fui “EU” quem fez isto, então “EU”
tenho que valorizar e destacar o “MEU EU”, porque “EU” sou diferente dentre
todos, eu sou “EU” e o resto é resto...
A
segunda é o “MEU EGO”, estar satisfeito com algo que se faz é muito bom, se
satisfazer por poder fazer algo da melhor forma possível é muito bom, se
valorizar, fazer por merecer é recompensador, saber fazer e sempre procurar fazer
o melhor é satisfatório, mas, o problema do “MEU EGO” não esta relacionado a isso,
e sim em estar se gabando, de se estar desmerecendo os outros, desmerecer o que
os outros fazem ou o que até mesmo são, criticar, não que isso, a critica, não
possa e não deva ser feito, mas sempre criticar, somente criticar, só criticar,
colocando somente defeitos no que os outros fazem, se achando ser o melhor entre
todos, se achar ser o maioral, expor-se por si mesmo como sendo o tal, achar
que ninguém mais presta, que ninguém sabe, que ninguém é ninguém neste mundo de
ninguém, para tal seria melhor viver só, pois o seu “EGO” o qual faz de si se
achar o melhor dentre todos que habitam ao “MEU” redor, e que o “MEU” auto-ego
não precisa de nada e ninguém, porque julga ser o bom, julga ser o maioral,
julga ser o tal, e precisa estar alimentando o “MEU EGO” com fabulas inventadas
por si próprio, ou senão precisa que outros alimentem o seu “EGO”, pois precisa
e vive de elogios, de palavras eloqüentes, pois procura a tais que assim o
façam, procura ser o centro das atenções, ou senão as atenções do centro, pois,
quando não o vêem, este se faz ser visto ou notado por todos, seu “EGO”
necessita de mesquinharias, necessita de falsidades e mentiras, ilusões e atenções,
ser ou se achar, na sua medíocre concepção o melhor faz parte daquilo que o seu
“EGO” quer, ou seja quer aparecer, ser notado por todos e dentre todos, pois se
assim não o for se torna inútil e a tendência das coisas é entrar em um estado
deprimido e solitário, fechando-se para o mundo e para tudo o que nele há.
A
parte mais difícil destas três características com certeza é esta, “EU MESMO”,
ser o que realmente se é, não é para qualquer um, pois, a verdade de ser na
integra o que realmente se é, se torna a parte mais difícil de toda a nossa
realidade, há alguém que ouse dizer; “EU” sou o que “EU SOU”, sou assim mesmo,
quem quiser goste, quem não quiser vai para PQP (padaria querer pão), não estou nem ai, não me importo etc e tal, só
que este não é o caso, de ser, o caso é de realmente, verdadeiramente,
honestamente, sinceramente “SER”, na integra, sem churu-melas, sem meio-termo,
sem rodeios, o qual digamos-se que esta é a parte mais difícil ou senão
impossível de se realmente ser, porque para isto precisa-se ser verdadeiro, e
que eu saiba ninguém consegue ser 100% tal, por mais que nos esforcemos, por
mais que queiramos, por mais que digamos, é impossível sermos verdadeiros na
integra, e aliás, falar é uma coisa e fazer e ser é outra totalmente diferente.
Ser
“EU MESMO” significa ser a pessoa na integra de tudo, ser o que realmente ela
é, uma das maiores qualidades desta pessoa é reconhecer o que se é
verdadeiramente, saber reconhecer seus erros, demonstrar sua humildade, saber
que não é e não pode se comportar ao contrario daquilo que é verdade, faz desta
pessoa integra, mas digamos é difícil ser transparente em tudo, é difícil
transparecer-se diante das pessoas, é difícil fazer algo sem ofender e errar,
ninguém é perfeito, mas o quanto mais perto de tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa fama, e se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai, isto
é o que nos ensina a mais pura verdade de todas as coisas expressadas pela
palavra de Deus, pois ela é a única ferramenta que quer nos ensinar e a
praticar tudo aquilo que é verdadeiro,quanto mais próximo estivermos desta
verdade, mais teremos condições de sermos verdadeiros e com certeza seremos
cada vez mais nós mesmos, porque o “EU” será algo do passado e não jamais do
presente...
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